quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sufocada!




Tudo aquilo sufocava.
As explicações, o aroma, a falta de espaço,
as alegrias contidas, as palavras comedidas,
as respostas sempre tão racionais, o orgulho, a falta de ideologia...
Até as janelas haviam se tornado paredes.
Numa manhã comum e sem sentido,
desenhou com giz uma janela no chão,
saiu pra comprar bombons
e nunca mais voltou.